Por Michael Horton
1. União com Cristo
Toda doutrina relacionada à salvação e à
vida cristã deve ser orientada em torno dessa pedra de toque da fé.
Nenhuma teoria de crescimento ou desenvolvimento cristão pode obscurecer
ou ignorar esse fato central. Na espiritualidade reformada, o objetivo e
o subjetivo, o exterior e o interior, estão ligados inseparavelmente
por essa realidade. “Em Cristo” somos justificados e estamos sendo
santificados.
2. Justificação pela Fé Somente
“Declarado justo”: essa expressão
jurídica é o cerne das Boas Novas. Se buscarmos obter o favor divino por
meio da nossa vontade ou do nosso correr, terminaremos rapidamente com a
justiça própria ou o desespero. O progresso na obediência vem somente à
medida que reconhecemos Cristo como sendo nossa justiça, santidade e
redenção.
3. Santificação
Eis aqui outra palavra bíblica
essencial. Uma vez declarado justo pela imputação da justiça de Cristo,
agora crescemos em justiça pessoal em união com Cristo e Sua justiça. Em
nossa salvação, não contribuímos com nada, exceto o nosso pecado. Mas
uma vez regenerados pela graça de Deus (à parte da nossa cooperação),
estamos livres para cooperar com o Espírito Santo pela primeira vez. A
santificação, portanto, diferente da regeneração, justificação, etc.,
requer a nossa energia e participação. Crescemos na graça e no
conhecimento de Cristo, ativamente animados pelo evangelho. Tanto a
justificação como a santificação são dom de Deus, em virtude da nossa
união com Cristo.
4. Chamado/Vocação
Também relacionado ao “sacerdócio de
todos os crentes”, essa doutrina reformada enfatiza o fato que tudo o
que fazemos honra a Deus se o fizermos em fé. Um lixeiro não é menos
espiritual que um missionário. Deus criou cada um de nós com certos dons
e nós devemos encontrar significado e realização não somente nas coisas
relacionadas à igreja, mas em nosso trabalho e lazer também. Essa
doutrina, mais do que qualquer outra, foi responsável pelo que veio a
ser identificado como “a ética protestante de trabalho”.
5. Sacramentos
Batismo e Santa Ceia, na espiritualidade
reformada, figuram proeminentemente como “meios de graça”. Batismo é o
começo da nossa vida em Cristo, e na Santa Ceia nos alimentamos de
Cristo – o Pão da Vida – ao longo da nossa jornada no deserto____________________
Fonte: Revista Modern Reformation, Volume 5, Número 6, Nov/Dez 1996.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Via: Monergismo
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